Estamos preparados para a diversidade?


Há vários anos a imprensa tem noticiado uma série de casos relacionados ao subtema 3:

Quem não se lembra do caso de uma estudante do Rio Grande do Norte que teve seu braço quebrado ao recusar um beijo de um estranho em boate, ou então da notícia de uma jovem que foi morta com um tiro ao recusar uma cantada durante uma festa de carnaval na baixada fluminense? Também há o caso de Eloá, mantida em cárcere privado durante vários dias e depois morta pelo ex-namorado que não aceitava o término do relacionamento.



Mesmo reconhecendo que a violência entre homens e mulheres é tão antiga quanto à própria humanidade e que são fenômenos variados, isto é, que são muito diversos quanto às suas motivações e contextos sócio-culturais, seria interessante questionar:

Há uma relação entre o gênero, ou seja, os padrões culturais de masculinidade e feminilidade que são produzidos socialmente, e a violência?
Vocês sabem de alguma lei para proteger as mulheres desses atos de violência?

Igualmente, ainda que o Brasil seja considerado um país tolerante em relação as diferenças étnicas e sociais, no dia a dia podemos constatar que ainda existe muito preconceito em relação aos negros e índios. Vocês viram nos jornais das últimas semanas, no campo de futebol um jogador negro ser chamado de “macaco”? Vocês viram a noticia de violência em relação aos moradores de rua que foram queimados vivos enquanto dormiam, simplesmente por serem mendigos, quem sabe negros pobres e não ter onde morar? Em Brasília, jovens queimaram índios no ponto de ônibus, também enquanto dormiam, pelo fato deles serem índios. E, por incrível que pareça, esses jovens estão livres, quem sabe para fazer o que. Não precisa ir longe, as pesquisas têm demonstrado o aumentado de morte violenta de jovens que, na maioria, são negros. Se vocês podem observar, a mídia associa sempre o tráfico e o uso de drogas aos negros. Isso pode ser visto na diferença de tratamento quando se trata de cidadão considerado branco e negro, por exemplo: branco é dependente de álcool ou alcoolista e o negro é cachaceiro.

Se pensarmos um pouco, vamos ver que no Brasil, nós utilizamos a palavra “negro” e “índio” para associar a alguma coisa negativa. Vejamos: “a coisa tá preta”, “negro se não suja na entrada, suja na saída”, “programa de índio” sempre é um programa desagradável.

Será que não existe nesse país alguma lei que protege ou garante o direito do negro e do índio? Alguém poderia nos responder essas questões?

7 comentários:

  1. Dora Marta de Oliveira23 de março de 2012 às 00:22

    A construção da masculinidade por padrões de valorização do machismo propicia comportamentos violentos e certos tipos de indisciplina.

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  2. Dora Marta de Oliveira24 de março de 2012 às 01:59

    Será que não existe nesse país alguma lei que protege ou garante o direito do negro e do índio? Alguém poderia nos responder essas questões?

    A Lei nº 9.459 , que complementou a Lei nº 7.716, define o racismo como crime.

    Na educação a Lei nº 9.394/96 – das Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que incluiu no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática de História e Cultura Afro-Brasileira.

    Ainda na Educação a Lei 9.394/96 garante aos indios, suas comunidades e povos acesso às informações, conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não indias.


    Outra lei importante é a de cotas para negros nas Universidades, que assegura 20% das vagas em Universidades para negros, pardos e indígenas.

    O artigo 231 da Constituição Federal de 1988, os índios ganharam maior proteção do governo. Os novos preceitos constitucionais asseguraram aos povos indígenas o respeito à sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições.

    LEI Nº 6.001 - DE 19 DE DEZEMBRO DE 1973 - Estatuto do Indio.

    Peço acrescentarem as restantes.

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  3. A sociedade brasileira é marcada por pensamentos preconceituosos e de discrimanação contra os negros,indio e mulheres.Mesmo com a igualdade de direitos perante a lei,muitos são tratados como desiguais e por isso são violentados.
    Para a proteção das mulheres existe a lei maria da penha,porem ainda assim,as violências continuam acontecendo.
    As relações sociais ainda são caracterizadas pela diferenciação no tratamento entre homens e mulheres,negros e brancos.As mulheres ainda são minoria nos campos políticos.
    Será que somente as leis garantem uma mudança efetiva nas questões racias e de gênero?
    Rafaela Melo_ Equipe do Parlaamento Jovem de Minas 2012

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  4. A posição das mulheres no passado era uma posição de submissão em relação aos homens,elas eram caracterizadas como fragéis,sensiveis,enfim sem capacidade para exercer uma participação ativa no meio político e social.Ainda,hoje,no mundo moderno essa cultura existe e muitas vezes a violência se manifesta devido ao não reconhecimento da posição da mulher nos dias de hoje,que não é mais de submissão e sim de uma autonomia,onde ela possa participar e ser valorizada enquanto individuo de uma sociedade livre.
    Em que situações podemos ver essa diferenciação de homens e mulheres nos dias atuais?

    Rafaela Melo -Equipe do PJ 2012

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  5. Ainda hoje os índices da participação da mulher na politica tem aumentado relativamente, porém existe uma causa social ainda forte "o próprio desinteresse das mulheres pela participação na politica" assim como também as Próprias mulheres mantem o machismo dentro das próprias famílias(deixando as filhas fazer coisas que os homens também deveriam fazer...DESIGUALDADE?) ACREDITO QUE A MUDANÇA FUNDAMENTAL DEVERIA PARTIR DA PRÓPRIA MULHER! THAIS I. V.

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  6. O "empoderamento" feminino (e dos jovens, no geral, como foi dito até mesmo pelo Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, no discurso conhecido como "We, the peoples") é uma ótima forma de reverter as políticas sociais existentes: deve-se fazer a mulher (e todos os discriminados) perceber que tem potencial, que é capaz de fazer valer a lei a seu favor, e que ela pode influir nas decisões das outras. As proposições de lei não precisam necessariamente incluir novas leis, e sim alterar a forma de aplicá-las, de usufrui-las.

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  7. Voces viram a música do Alexandre Pires? Mulheres e negros são ai tratados com discriminação. No caso do video as mulheres estão de biquinis, como objeto sexual e os negros relacionados com macacos. Enquanto isso Teló e Alexandre estão de oculos escuros e vestidos. Intencionalmente reflete a forma de vida do brasileiro: machista e preconceituoso. Não é uma babaquice em pleno seculo 21 com tanta coisa bacana e avançada???

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