A ocupação de áreas de risco é um problema do cidadão ou uma questão que só poderá ser solucionada através de políticas públicas? De acordo com a Diretora-Executiva do Centro Mineiro de Referência em Resíduos, Denise Marília Bruschi, a responsabilidade é de ambas as partes e os dois segmentos devem estar atentos à situação.
Segundo ela, muitas vezes o terreno está aparentemente adequado para se tornar uma área residencial, mas é preciso verificar se o local já foi utilizado como depósito de resíduos sólidos.
De acordo com a diretora, os terrenos que foram utilizados anteriormente para depósito de lixo são áreas instáveis. A matéria orgânica, por exemplo, se decompõe com o passar do tempo, eliminando o chorume que tira a estabilidade da terra, mesmo que o aterramento tenha sido feito de maneira correta, utilizando os princípios de engenharia.
Programa Panorama, da TV Assembleia, debate destinação dos resíduos sólidos
A destinação dos resíduos sólidos de maneira que não prejudique o meio ambiente foi tema do programa Panorama, da TV Assembleia, disponível no Hotsite do PJ de Minas.
Participaram do programa a diretora da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, a engenheira sanitária Maeli Estrela Borges; e o gerente de Saneamento da Fundação Estadual de Meio Ambiente, Francisco Pinto da Fonseca.
No programa, Maeli Estrela questiona a falta de prioridade dada pelos governos no tratamento dos resíduos. Para ela, a solução para os problemas ligados ao descarte do lixo está no gerenciamento integrado que começa com a separação dos diferentes tipos de resíduos desde a sua origem. Já Francisco Pinto da Fonseca defende que as próprias empresas que produzem determinados resíduos, como pilhas ou peças de computador, têm de ser responsáveis pelo seu recolhimento e descarte.
Os participantes também debateram a possibilidade de criação de consórcios intermunicipais para a instalação de aterros sanitários que atendam a várias cidades. Atualmente, 409 dos 853 municípios mineiros ainda descartam seus resíduos nos chamados lixões. Os dados indicam também que 273 municípios dispõem seu lixo em aterros controlados, 113 utilizam usinas de triagem e compostagem e apenas 58 municípios contam com aterros sanitários.
Fontes: Escola do Legislativo e Assessoria de Imprensa da ALMG
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